Nunca vi
fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Não vê que eu sou um pobre rapaz
Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê, você quer
Ai meu Deus que saudade da Amélia
Aquilo sim que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
E quando me via contrariado dizia
Meu filho o que se há de fazer
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia que era a mulher de verdade
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Não vê que eu sou um pobre rapaz
Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê, você quer
Ai meu Deus que saudade da Amélia
Aquilo sim que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
E quando me via contrariado dizia
Meu filho o que se há de fazer
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia que era a mulher de verdade
O
que achou da canção de Ataulfo Alves e Mário Lago? Pareceu-lhe estranho?
Esta letra foi escrita em 1941. Naquela época, estes versos eram considerados poéticos e não
uma “ofensa”, como talvez possa ser conceituada hoje. Por que uma ofensa? Falando da disciplina que temos no curso
de letras cujo nome é Teorias do Texto, especificamente na Fase Teorias do Texto, podemos analisar que, nesta fase a noção de
texto é completamente revista, ou seja, não considerava a possibilidade do “não texto” (sequências linguísticas
incoerentes entre si).
Nesta
etapa, temos que levar em consideração a relação entre os sujeitos da produção
textual (falante/ouvinte e/ou autor/leitor). Sendo assim, podemos analisar o
seguinte: É importante compreender que esta relação é crucial para que o texto
faça sentido e se organize de uma forma e não de outra. Lembrando que o mesmo
texto é passível de diferentes leituras em um mesmo momento histórico ou ser
lido em épocas e contextos diferentes. O que muda tudo.
Como
salientei acima na canção de Ataulfo Alves e Mário Lago, hoje a palavra “Amélia”
tem um sentido pejorativo a qual na época em que foi escrita não. Notou a
diferença? Qual outro texto, canção ou poema você já viu em que em um contexto
diferente tenha uma interpretação variada? É necessário observar todos os aspectos
antes de “julgar” um texto. Mulheres,
não fiquem bravas, eles não nos ofenderam tá? (Pelo menos eu acho rs).
Ficou
claro universitários (as)? Qualquer dúvida comente aqui.
Um beijo de LETRAS!
Por Bruna
Lopes | Diário de um universitário
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