quarta-feira, 30 de abril de 2014

Eu falo o que eu escrevo e escrevo o que falo?

Olá Universitários (as)!

Tudo bem?

            Já estava com saudades de falar com vocês por aqui. Esse espaço é exatamente para isso, conversarmos sobre leituras, dúvidas e muito mais!
            Vamos lá, como nos posts anteriores, vimos diferenças entre língua e fala. Enfatizamos bastante a língua por sinal (risos).
            Nesta postagem desejo colocar alguns exemplos que podemos tornar escrito o que falamos e vice-versa.
Como assim? É simples pessoal, vimos na aula de Teorias do Texto que:
“A elaboração textual está baseada em uma diversidade de gêneros textuais, que, se bem explorada, a partir de diversas situações do dia a dia, nos diferentes níveis de formalidade, tanto no que se refere a textos falados como textos escritos, propicia uma reflexão acerca da influência mútua entre as modalidades oral e escrita (...)”. Uma vez que, como falei anteriormente tudo o que se fala pode se tornar escrito e vice-versa.
            A seguir um quadro esquemático bem bacana para melhor entendimento:

Escritos:
Cartas: pessoais, de recomendação, de demissão etc.
Memorandos, ofícios, circulares
Anúncios: publicitários, de emprego, de venda etc.
Formulários (diversos)
E-mails, chats
Multas
Posts, comments de blogs
Notas fiscais
Listas de compra
Bulas de remédio, receitas médicas, exames médicos
Recibos
Contas domésticas
Jornal impresso e eletrônico
Cheques
Placas, outdoors
Recados de geladeira, de Orkut, de Facebook, de post-it etc.

Falados:
Novelas (realização oral, elaboração escrita)
Cinema (realização oral, elaboração escrita)
Peças teatrais (realização oral, elaboração escrita)
Telefonemas
Aulas
Entrevistas de emprego
Conferências, palestras, comunicações
Discursos
Conversas de bar, de elevador, de ponto de ônibus, de namorados, de marido/mulher, de ex-marido e ex-mulher, etc.
Bate-papo em viva-voz via Skype, MSN etc.
Programas de rádio e TV
Pregão na feira, na rua, na bolsa de valores
Fofocas
Bronca dos pais, da professora, do guarda de trânsito etc.

Guys, is it clear? I hope so! J *-*

Até a próxima!


Beijo de LETRAS!

                                                                                       Por Bruna Lopes | Diário de um Universitário

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Língua x Escrita

Olá Universitários (as)!

Tudo bem com vocês?


            Hoje, - feriado em?! Vim para falar sobre um tema interessante que talvez confunda muita gente.
            Como o tema já diz: Língua x Escrita. Vocês acham que elas se diferem entre si ou são absolutamente iguais? Essa e outras questões serão respondidas já! Vem comigo!



            Um fator importante, a saber, antes de prosseguir é que língua e escrita são meios de comunicação distintos para muitos, mas também são duas modalidades do uso da língua que utilizam do mesmo sistema linguístico, contudo têm suas próprias peculiaridades. Isso não significa que devam ser encaradas de maneira oposta (sendo uma superior e outra inferior).
            A escrita é um estágio posterior da língua, ou seja, a língua falada é mais interativa abrangendo a comunicação linguística em toda sua totalidade. Pessoal, a língua falada é espontânea, sendo assim, ela vem seguida pelo tom de voz, gestos à qual chamamos de “linguagem não-verbal” (uma linguagem que não contém palavra, ou seja, pode ser representada por fotografias, mímicas, fisionomias etc.)
            A língua escrita não só é uma representação da língua falada, contudo é um sistema mais disciplinado e rígido, não levando em consideração a mímica ou fisionomia do falante. Lembrando que “Língua” é um código convencionado na e pela sociedade, portanto uma convenção social, por isso a chamamos de sistema. Prosseguindo.
            Podemos até citar exemplos no Brasil, todos falamos português, porém, há diferenças na língua. Por quê? Pois há diversos fatores que se responsabilizam por essas variedades, tais como:

*      FATORES REGIONAIS: Este fator demonstra a diferença no uso da língua por região. Notamos a mudança do português falado por um habitante da região nordeste e outro da região sul do Brasil. Também encontramos variações no uso da língua numa mesma região, por exemplo, no Estado do Rio Grande do Sul, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do Estado.

*      FATORES CULTURAIS: Nesse fator o grau de escolarização e a formação cultural do indivíduo também colaboram para os diferentes usos da língua, sendo assim, uma pessoa escolarizada usa a língua de uma maneira diferente de uma pessoa que, por exemplo, nunca frequentou a escola.

*      FATORES CONTEXTUAIS: Como o próprio nome já diz: “Contexto”, ou seja, nosso modo de falar muda de acordo com cada situação em que nos encontramos. Quer um exemplo? Vocês adoram uns exemplos em! Quando conversamos com nossos amigos não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos em uma entrevista de emprego.

*      FATORES PROFISSIONAIS: Este é um dos mais interessantes, pois nesse fator utilizamos a chamada “Língua Técnica”, pois requer o domínio de certas formas de língua, isto é, ela varia de acordo com cada profissional. Por exemplo, um médico tem sua linguagem técnica específica, ele utilizará de termos que é bem comum em especialistas que atuam nesta área. Outros tipos de profissionais que é válido mencionarmos são: técnico de engenheiros, químicos, linguistas, biólogos, profissionais da área de direito e outros especialistas.

*       FATORES NATURAIS: Nesse caso o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, tais como, idade e sexo. Um senhor de idade não utilizará a mesma linguagem de uma criança.

            Perceberam as diversas modalidades? Bem bacana não é? Espero que vocês tenham gostado e qualquer dúvida deixe nos comentários.

FELIZ PÁSCOA!

Beijo de LETRAS!


Por Bruna Lopes | Diário de um Universitário

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Conhecimento enciclo.. o quê?




Olá Universitários (as)!

Como estão?
            Hoje gostaria de abordar um assunto interessante visto em aula de Teorias do Texto, é claro “minha gente” que fará com que reflitamos acerca dos tipos de conhecimento.           
            Perai! Existem mesmo outros tipos de conhecimento ou só há um?
           
            Calma galera (risos), estamos falando de Teorias do Texto, como o próprio nome já diz é muuuuuita teoria, mas não vejam como algo chato, realmente eu me surpreendi estudando esta matéria.  Vamos ao que interessa né?
            Resumindo, esses três tipos de Conhecimento que irei mencionar aqui estão relacionados ao Processamento Textual onde diz que o texto deve sempre ser entendido como um processo. Vamos lá, considerando o texto como um processo, Heinemann e Viehweger definem três grandes sistemas de conhecimento, responsáveis pelo processamento textual. É aí que quero chegar:

- Conhecimento linguístico: Este se trata da gramática, do léxico. Ele é responsável pela escolha dos termos e pela organização do material linguístico na superfície textual, inclusive dos elementos coesivos.

- Conhecimento enciclopédico ou de mundo: Esse conhecimento se trata das informações guardadas na memória de cada um, ou seja, o conhecimento de mundo (ou enciclopédico) abrange o conhecimento declarativo, manifestado por enunciações acerca dos fatos do mundo (“São Paulo é a cidade mais populosa do mundo”) e o conhecimento intuitivo, adquirido por via da experiência, por exemplo: Quando você alguém pede para você fritar um ovo, internamente sem precisar dizer ou escrever você sabe que não dá para fritar o ovo sem quebrar a casca.

- Conhecimento interacional: Se trata da realização de certas ações por meio da linguagem. Esse conhecimento está dividido em quatro aspectos: Ilocucional (meios diretos e indiretos para atingir um objetivo), Comunicacional (meios adequados para atingir os objetivos desejados), metacomunicativo (meios de prevenir e evitar distúrbios na comunicação, ou seja, usando as paráfrases, parênteses como estou usando agora etc.) e por fim, o conhecimento superestrutural (modelos textuais globais que vão permitir aos usuários reconhecer um texto como pertencente a determinado gênero ou certos esquemas cognitivos).

Gostaram? Realmente interessante não é mesmo?

Realizamos tantas ações, produzimos muitos textos, usamos todas essas coisas em nosso dia a dia e muitas vezes não sabemos que elas têm nome!
Aprender coisas novas é tudo de bom! É conhecer um novo mundo que faz parte do nosso próprio mundo.

Se você, caro leitor, tiver alguma dúvida pode comentar aqui em baixo J

Um beijo de LETRAS!


Por Bruna Lopes | Diário de um Universitário

domingo, 6 de abril de 2014

Tipos de Alunos Parte I e II

Olá Universitários (as) do meu Brasil e do mundo!

Como estão?

            Navegando pela internet encontrei dois vídeos no youtube muito interessante E engraçado no Canal Parafernalha e resolvi compartilhar com vocês. Puxa, afinal merecemos nos divertir um pouco né?
            Como futuros professores, é interessante saber como interagir e saber entender nossos alunos.  Tornar o ambiente de trabalho agradável e divertido de aprender é uma tarefa desafiadora, porém muito importante. Alunos têm que ser que nem filhos para nós, devemos amá-los. Ensinar é vida. Ensinar é dinâmico. Ensinar é aprender.



O BLOG Diário de um Universitário também é humor! Se divirta conosco!

Beijo de LETRAS!


Por Bruna Lopes | Diário de um Universitário

sábado, 5 de abril de 2014

Os atos da fala, por que estudar?

Olá pessoal, tudo bem?


                Hoje falaremos de um assunto importante: Os atos da fala. Uma corrente que - faz parte dentre tantas outras que estudam o texto, cada uma de sua forma -, vem trazendo muita repercussão.
                Esta vertente (que faz parte da pragmática, breve postaremos um post sobre isto), enfatiza a performatividade da linguagem, ou seja, está relacionada à ação e interação.
                 Austin – para saber mais sobre ele clique  AQUI - foi o precursor no desenvolvimento dessa teoria.
                “O filósofo buscava uma sistematização da linguagem, diferente da proposta de Wittgenstein. Entretanto, nessa sistematização havia um problema, pois Austin procurava entender os atos de fala como uma totalidade e essa dificuldade só foi sanada quando Searle observou os atos de maneira separada.
                Para ele os atos de falas continham uma complexidade maior que a observada por
Austin, por isso quando Searle apresentou sua teoria, ele introduziu elementos que buscaram preencher as lacunas deixadas pelo seu antecessor.
                Dessa forma ele reelabora os componentes da força ilocucionária e apresenta um elemento complemente novo na teoria dos atos de fala: os atos de fala indiretos, onde não será possível notar a força ilocucionária, pois a mesma está implícita, dessa maneira o contexto onde a proposição é proferida será o maior influenciador para identificarmos a força ilocucionária que ocorre na frase. “– segundo o relatório da PUC-RJ.               
Os atos de fala



                Na filosofia da linguagem, um tipo específico de proferimento é geralmente privilegiado: o proferimento assertivo, ou seja, aquele tipo de proferimento que consiste em afirmar algo sobre algo (essa asserção podendo ser verdadeira ou falsa). Entretanto, há uma classe de palavras/sentenças que, proferidas em determinadas situações, possuem como características desempenhar o papel de ações, ou seja, ao pronunciá-la estou não apenas dizendo algo sobre algo, mas estou executando uma ação.
                Usando o exemplo de Austin, quando um padre diz que batiza alguém ele não está apenas dizendo essas palavras, há uma série de ações que se desenvolvem por trás dessas palavras que farão com que o proferimento seja verdadeiro e que o ato de batizar seja válido (no sentido não lógico de “bem-sucedido”).
                Embora algumas distinções dos atos só surgirem com os contemporâneos de Austin (Searle, Habermas e Grice), devemos admitir que a contribuição de Austin é extremamente importante para os que o sucederam, pois grande parte do seu estudo foi utilizado como alicerces para todos aqueles que vieram posteriormente e herdaram ou utilizaram suas teorias como base de seus estudos.
                A Teoria dos Atos de Fala tem por base doze conferências proferidas por Austin na Universidade de Harvard, EUA, em 1955, e publicadas postumamente, em 1962, no livro How to do Things with words. 0 título da obra resume claramente a idéia principal defendida por Austin: dizer é transmitir informações, mas é também (e sobretudo) uma forma de agir sobre o interlocutor e sobre o mundo circundante.
Até então, os lingüistas e os filósofos, de modo geral, pensavam que as afirmações serviam apenas para descrever um estado de coisas, e, portanto, eram verdadeiras ou falsas. Austin põe em xeque essa visão descritiva da língua, mostrando que certas afirmações não servem para descrever nada, mas sim para realizar ações.
Inicialmente, Austin (1962) distinguiu dois tipos de enunciados: os constativos e os performa1ivos:
 enunciados constativos são aqueles que descrevem ou relatam um estado de coisas, e que, por isso, se submetem ao critério de verificabilidade, isto é, podem ser rotulados de verdadeiros ou falsos. Na prática, são os enunciados comumente denominados de afirmações, descrições ou relatos, como Eu jogo futebol ; A Terra gira em torno do sol; A mosca caiu na sopa, etc.;
 enunciados performativos são enunciados que não descrevem, não relatam, nem constatam absolutamente nada, e, portanto, não se submetem ao critério de verificabilidade (não são falsos nem verdadeiros). Mais precisamente, são enunciados que, quando proferidos na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, na forma afirmativa e na voz ativa, realizam uma ação (daí o termo performativo: o verbo inglês to perform significa realizar). Eis alguns exemplos: Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; Eu te condeno a dez meses de trabalho comunitário; Declaro aberta a sessão; Ordeno que você saia; Eu te perdôo. Tais enunciados, no exato momento em que são proferidos, realizam a ação denotada pelo verbo; não servem para descrever nada, mas sim para executar atos (ato de batizar, condenar, perdoar, abrir uma sessão, etc.). Nesse sentido, dizer algo é fazer algo. Com efeito, dizer, por exemplo, Declaro aberta a sessão não é informar sobre a abertura da sessão, é abrir a sessão. São os enunciados performativos que constituem o maior foco de interesse de Austin.
         É preciso observar, no entanto, que o simples fato de proferir um enunciado performativo não garante a sua realização. Para que um enunciado performativo seja bem-sucedido, ou seja, para que a ação por ele designada seja de fato realizada, é preciso, ainda, que as circunstâncias sejam adequadas. Um enunciado performativo pronunciado em circunstâncias inadequadas não é falso, mas sim nulo, sem efeito: ele simplesmente fracassa. Assim, por exemplo, se um faxineiro (e não o presidente da câmara) diz Declaro aberta a sessão, o performativo não se realiza (isto é, a sessão não se abre), porque o faxineiro não tem poder ou autoridade para abrir a sessão. 0 enunciado é, portanto, nulo, sem efeito (ou, nas palavras de Austin, "infeliz").
         Austin, então, postula que todo ato de fala é ao mesmo tempo locucionário, ilocucionário e perlocucionário. Assim, quando se enuncia a frase Eu prometo que estarei em casa hoje à noite, há o ato de enunciar cada elemento lingüístico que compõe a frase. É o ato locucionário. Paralelamente, no momento em que se enuncia essa frase, realiza-se o ato de promessa. É o ato ilocucionário: o ato que se realiza na linguagem. Quando se enuncia essa frase, o resultado pode ser de ameaça, de agrado ou de desagrado. Trata-se do ato perlocucionário: um ato que não se realiza na linguagem, mas pela linguagem.

         Resumi algumas coisas no intuito de você, leitor, entender da melhor forma um pouco sobre a teoria dos Atos da fala. É muito mais abrangente do que imaginamos! Porém é fantástico salientar pontos importantes para uma pesquisa detalhada!

Um beijo de LETRAS!

FONTES: Relatório final de Pesquisa PIBIC – PUC-RJ – Teorias dos Atos da Fala; http://www.filologia.org.br/viiifelin/41.htm; www.letragrama.com



Por Bruna Lopes | Diário de um Universitário


J.L. Austin, Who is He?

            Olá galerinha tudo OK?
Calma pessoal, este post NÃO será em inglês, ainda (risos)!

            Como prometido esta postagem é especialmente para falar do nosso filósofo analítico John Langshaw Austin. O prazer é todo nosso John! Não reparem em minhas expressões. Vamos conhecer um pouco sobre ele?
            John nasceu no dia 26 de março de 1911 - algumas fontes relatam que ele nasceu no dia 28 de março – e faleceu no dia 08 de fevereiro de 1960.



            Considerado um filósofo da linguagem responsável pelo desenvolvimento de uma grande parte da atual teoria dos atos de discurso. Filiado à linha da Filosofia Analítica, interessou-se pelo problema do sentido em filosofia.
            Realizou seus estudos no Balliol College, da Universidade de Oxford. Serviu no serviço britânico de inteligência, durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se professor titular da cátedra de Filosofia Moral, em Oxford, considerada a mais importante cadeira de Filosofia Moral do Mundo.
            Na filosofia da linguagem, Austin, estava próximo a Ludwig Wittgenstein (1889-1951), preconizando o exame da maneira como as palavras são usadas para elucidar seu significado. Contudo, o próprio Austin considerava-se mais próximo da filosofia do senso comum de G.E. Moore.
            Todo o trabalho desenvolvido por Austin, na segunda metade do século XX, é uma consequência direta da guinada linguística promovida pelo método de análise iniciado por Ludwig Wittgenstein, algumas décadas antes.
            Austin pertencia ao chamado Grupo de Oxford que, como o Grupo de Cambridge, foi fortemente influenciado por Wittgenstein. Entretanto, enquanto o último procurava fomentar um "positivismo terapêutico", que visava "curar" os equívocos filosóficos através da discussão da linguagem natural e os desvios provocados pela tradição filosófica; o Grupo de Oxford, composto principalmente por Gilbert Ryle (1900-1976), Peter Frederick Strawson, Willard van Orman Quine (1908-2000), incluindo o próprio Austin, voltou-se exclusivamente para o campo linguístico, com toda interpretação filosófica filtrada pelo prisma da análise da linguagem. Os críticos dessa posição chegaram a denunciar que esses autores, estavam reduzindo a filosofia a uma ciência da linguagem ou a transformando em lexicografia.
            As duas obras fundamentais de Wittgenstein, Tratado Lógico-Filosófico (1921) e as Investigações Filosóficas (1953), marcaram profundamente esses dois grupos. Austin interessou-se, particularmente, pela análise dos jogos de linguagem, deixada em aberto nas Investigações. Wittgenstein não havia sido exaustivo em sua análise das funções linguísticas desempenhadas pelos diversos tipos de expressões. Austin, por sua vez, esforçou-se na tentativa de delimitar os modos em que as proposições, além de descrever uma determinada situação ?verdadeira ou falsa -, realizam também uma ação no mundo: um ato de fala.
            Em How to do Things with Words (traduzido no Brasil por Quando Dizer é Fazer, 1990), Austin categorizou os atos de linguagem em conceitos fundamentais para compreensão posterior do papel da linguagem e da comunicação, por conseguinte. Primeiro Austin distinguiu as sentenças performativas, aquelas que, ao serem proferidas, realizam uma ação: apostar, declarar, nomear, batizar etc, das constatativas, declarações verdadeiras ou falsas sobre um fato que é descrito. Haveria também três âmbitos linguísticos específicos nos atos de fala o ato locucionário, que apenas observa o modo como as sentenças são proferidas; o ato ilocucionário, onde os proferimentos tem uma força linguística convencional própria, tais como informar, ordenar, avisar, prometer, perguntar etc.; e, por fim, o ato perlocucionário, no qual, ao se dizer algo, se produz uma alteração no ouvinte, que passa a reagir conforme essa ação de convencimento, impedimento, surpresa, confusão etc.
            A Teoria dos Atos de Fala, lançada por Austin, foi desenvolvida posteriormente por John Searle, no livro Os Atos de Fala (1969). Tudo em consequência da revolução filosófica desencadeada por Wittgenstein, que teve em Austin um de seus brilhantes discípulos e continuadores, ao delimitar o domínio da pragmática, na Filosofia da Linguagem. 


            Há também um artigo interessante para confirmar as ideias sobre Austin, porém está em ESPANHOL, se vocês não se importarem, aqui está o link: http://www.infoamerica.org/teoria/austin1.htm



O que acharam? Muito cool não é? Comentem bastante e vejam que estudar Teorias não é tão complexo desde que você entre na história.

Beijo de LETRAS!


Por Bruna Lopes | Diário de um Universitário