Mikhail Mikhailóvitch Bakhtin nasceu em Orel, ao sul de Moscou, em 1895.
Foi um dos mais destacados pensadores de uma rede de profissionais preocupados com as formas de estudar linguagem, literatura e arte, que incluía o linguista Valentin Voloshinov (1895-1936) e o teórico literário Pavel Medvedev (1891-1938).
Um dos aspectos mais inovadores da produção do Círculo de Bakhtin, como ficou conhecido o grupo, foi enxergar a linguagem como um constante processo de interação mediado pelo diálogo - e não apenas como um sistema autônomo. "A língua materna, seu vocabulário e sua estrutura gramatical, não conhecemos por meio de dicionários ou manuais de gramática, mas graças aos enunciados concretos que ouvimos e reproduzimos na comunicação efetiva com as pessoas que nos rodeiam", escreveu o filósofo.
Abraços, Karina Carvalho
domingo, 30 de março de 2014
A Vaguidão Específica
-Millôr Fernandes
Na Fase da Gramática Textual, este texto acima não poderia ser considerado texto, pois seriam "sequências linguísticas incoerentes entre si." Mas com o surgimento da Fase de Teoria do Texto isso mudou, porque nessa fase a noção de texto é completamente diferente.
Portanto, a falta de referências no texto, não impossibilita a comunicação dos personagens, pois a proposta do autor é a de que a situacionalidade preencha as lacunas referenciais entre os personagens.
Ou seja, um texto pode fazer sentido para uns, e para outros não.
Legal, como podemos compreender esse texto mesmo com a falta de vários referenciais, isso porque podemos imaginar várias situações diferentes onde esse diálogo encaixaria perfeitamente.
Abraços, Karina Carvalho.
-
Maria, ponha isso lá fora em qualquer parte.
- Junto com as outras? - Não ponha junto com as outras, não. Senão pode vir alguém e querer fazer coisa com elas. Ponha no lugar do outro dia. - Sim senhora. Olha, o homem está aí. - Aquele de quando choveu? - Não, o que a senhora foi lá e falou com ele no domingo. - Que é que você disse a ele? - Eu disse pra ele continuar. - Ele já começou? - Acho que já. Eu disse que podia principiar por onde quisesse. - É bom? - Mais ou menos. O outro parece mais capaz. - Você trouxe tudo pra cima? - Não senhora, só trouxe as coisas. O resto não trouxe porque a senhora recomendou para deixar até a véspera. - Mas traga, traga. Na ocasião nós descemos tudo de novo. É melhor, senão atravanca a entrada e ele reclama como na outra noite. - Está bem, vou ver como. |
Portanto, a falta de referências no texto, não impossibilita a comunicação dos personagens, pois a proposta do autor é a de que a situacionalidade preencha as lacunas referenciais entre os personagens.
Ou seja, um texto pode fazer sentido para uns, e para outros não.
Legal, como podemos compreender esse texto mesmo com a falta de vários referenciais, isso porque podemos imaginar várias situações diferentes onde esse diálogo encaixaria perfeitamente.
Abraços, Karina Carvalho.
terça-feira, 25 de março de 2014
Ai, que saudades da Amélia!
Nunca vi
fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Não vê que eu sou um pobre rapaz
Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê, você quer
Ai meu Deus que saudade da Amélia
Aquilo sim que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
E quando me via contrariado dizia
Meu filho o que se há de fazer
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia que era a mulher de verdade
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Não vê que eu sou um pobre rapaz
Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê, você quer
Ai meu Deus que saudade da Amélia
Aquilo sim que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
E quando me via contrariado dizia
Meu filho o que se há de fazer
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia que era a mulher de verdade
O
que achou da canção de Ataulfo Alves e Mário Lago? Pareceu-lhe estranho?
Esta letra foi escrita em 1941. Naquela época, estes versos eram considerados poéticos e não
uma “ofensa”, como talvez possa ser conceituada hoje. Por que uma ofensa? Falando da disciplina que temos no curso
de letras cujo nome é Teorias do Texto, especificamente na Fase Teorias do Texto, podemos analisar que, nesta fase a noção de
texto é completamente revista, ou seja, não considerava a possibilidade do “não texto” (sequências linguísticas
incoerentes entre si).
Nesta
etapa, temos que levar em consideração a relação entre os sujeitos da produção
textual (falante/ouvinte e/ou autor/leitor). Sendo assim, podemos analisar o
seguinte: É importante compreender que esta relação é crucial para que o texto
faça sentido e se organize de uma forma e não de outra. Lembrando que o mesmo
texto é passível de diferentes leituras em um mesmo momento histórico ou ser
lido em épocas e contextos diferentes. O que muda tudo.
Como
salientei acima na canção de Ataulfo Alves e Mário Lago, hoje a palavra “Amélia”
tem um sentido pejorativo a qual na época em que foi escrita não. Notou a
diferença? Qual outro texto, canção ou poema você já viu em que em um contexto
diferente tenha uma interpretação variada? É necessário observar todos os aspectos
antes de “julgar” um texto. Mulheres,
não fiquem bravas, eles não nos ofenderam tá? (Pelo menos eu acho rs).
Ficou
claro universitários (as)? Qualquer dúvida comente aqui.
Um beijo de LETRAS!
Por Bruna
Lopes | Diário de um universitário
sexta-feira, 21 de março de 2014
#Sugestão de Leitura
O corpo realmente fala?
Olá
galerinha tudo
bem?
Voltei!
E desta vez é para sugerir um livro bem bacana e muito interessante!
Estou
falando do livro “O Corpo Fala” por
Monika Matschnig.
Este livro é sobre a linguagem do
corpo. Como assim? Tem tudo a
ver com o que estamos aprendendo em Letras, aonde vimos que linguagem é toda e
qualquer forma de expressão. E quais são? Gestos, um sinal de trânsito, uma
cor, ou seja, podemos expressar por outros signos que não seja a palavra.
O que chama mais atenção neste livro é que a autora expressa gestos
simples que nós fazemos no dia a dia e nem percebemos! Melhor dizendo, 80% de
tudo que comunicamos é por meio das expressões, postura, gestos, volume e
melodia da voz, enquanto somente 20% é pelo teor do que é dito, segundo o
livro.
É engraçado que você se pega em
diversas situações lendo este livro, pensando: “Cara, eu já fiz isto!” e então você ri de si próprio. É uma
longa viagem.
É necessário ter um bom equilíbrio,
apesar de ser um livro classificado na área da Psicologia é muito ligado a
letras também. Este livro pode mudar sua maneira de pensar. Não vai ficar paranoico em!?
No final tem uma surpresa que
fará você se descobrir. Quando você ler, passe por aqui e comente o que achou
desta experiência. J
“O Corpo Fala” por Monika Matschnig. Um livro
totalmente envolvente.
Um beijo de Letras!
Um beijo de Letras!
Por Bruna Lopes | Diário de um
Universitário
terça-feira, 18 de março de 2014
Tem Novidade!
Olá pessoal!
Quero
agradecer a todos pelos comentários, votação na ENQUETE e acesso ao BLOG! Isto nos motiva a cada vez
mais trazer novidades sobre tudo o que estamos aprendendo.
NOVIDADE BACANA a vocês:
Logo mais estaremos postando a sessão “indicação de livros” e
futuramente sortear livros a todos! O que acham da ideia? Comente qual livro
vocês gostariam que sorteássemos e o que TIVER MAIS VOTAÇÃO, SORTEAREMOS!
Um beijo de letras!
Por Bruna Lopes / Diário de um Universitário
segunda-feira, 17 de março de 2014
Teorias do Texto
Cara leitor,
Por meio de ideias de conclusões resolvi escrever apenas
o que a dita matéria Teorias do texto aborda. De principio o que esta
disciplina abrange são assuntos teóricos do texto e do contexto a partir da
perspectiva sociointernacionista (interações com o outro e com o meio. Quanto
mais ricas as interações, maior e mais sofisticado será o desenvolvimento.) e
da linguística textual, visando destacar as principais teorias do processamento
cognitivo do texto.
Ou seja, de acordo com o tempo passada e as descobertas
feitas as teorias, os pensamentos e também a maneira de se conversar foram
trocados, melhorados para o bem e a comunicação das pessoas, mas existem muitas
historias e também muitos pensamentos em relação a linguagem textual e o pensamento
de quem os escreveu. Imagina só você acreditar em uma só pessoa que exclui
diversos parâmetros de correção linguística? Isso tem que mudar certo? O que
fazer e o que não fazer. Então com o passar dos anos foi se descobrindo novas
maneiras e novas regras para tudo isso. E que nossos colegas do blog citam em
suas postagens alguns exemplos destas mudanças.
E ai o que acharam? Interessante? Falta algo? Alguma
duvida?
Agora imaginem a professora explicando isso e quatro
aulas, foi muito divertido.
Prazer, meu nome é Bárbara. Essa é a minha primeira postagem espero que gostem.
domingo, 16 de março de 2014
O nascimento da Linguística Textual
Na última aula de Teorias do Texto, aprendemos que a estrutura do texto é uma importante unidade de
análise linguística. A partir daí surgem diferentes ideias e teorias que vão
constituir uma linha evolutiva até a Linguística Textual.
O movimento pioneiro dos estudos linguísticos foi a
Linguística Estrutural, trazendo as ideias do linguista Ferdinand Saussure que
abordava assuntos como:
- a separação da língua e da fala;
- a preocupação com a frase e não com o texto;
- a abordagem muito superficialmente das questões de sentido e significação da linguagem entre outras.
Com um crescente avanço, a Linguística Estrutural chamou a
atenção de outros estudiosos relacionados à linguagem, o que acabou por
aumentar a necessidade em preencher as lacunas dessa ciência, inaugurando assim
outros ramos do estruturalismo linguístico.
Como por exemplo:
a sociolinguística, a etnolinguística, a psicolinguística e etc.
Com a ampliação das áreas de estudo da Linguística, com o
objetivo de preencher as lacunas deixadas pelo Estruturalismo, surge a
Linguística Textual, que vigora atualmente com a intenção de:
- Ir além dos limites da frase;
- Reintegrar o sujeito e a situação sociocomunicativa e;
- Desenvolver e ampliar o estudo do texto em suas modalidades oral e escrita.
Por Karina Carvalho
sábado, 15 de março de 2014
Neurolínguistica
Olá pessoal. Gostaria de com partilhar com vocês um dos assuntos que foram abordado na materia de teorias do texto, em 10/03/2014.
NEUROLINGUÍSTICA.
A neurolinguística foi originada em meados do seculo XIX pelo francês Paul Braco e com o alemão Karl Wernicke.
Neurolinguística é a ciência que estuda a elaboração da linguagem. Estuda os mecanismos cerebrais humanas que permitem a compreensão, produção e conhecimento da língua, seja falada, escrita ou
sinais.
Vanilton Pereira Cruz ( nilton )
quarta-feira, 12 de março de 2014
Chomsky e a Teoria do...
Embora diversas pessoas achem que falar
sobre teorias seja um assunto chato, vim abordar com vocês que é mais
interessante do que pensei.
No dia 10/03/2014 tivemos aula de “Teorias do Texto”, de início houve um
choque, pois aprendemos sobre muitas coisas em um dia. Foi uma grande experiência
absorver o nascimento da língua e quem estudou tudo “aquilo” para nós
analisarmos HOJE. Parece até um
trabalho fácil, porém não é.
Pois bem, o que achei interessante na
aula foi quando a Professora falou sobre um linguista bem conhecido no meio dos
estudantes de Letras: Chomsky. Chomsky não era só
linguista, mas era também filósofo e ativista político estadunidense. Contudo,
iremos citar a teoria que me chamou a atenção: O ser humano nasce com sua própria gramática?
Noam Chomsky dizia
que o ser humano nasce com uma gramática universal inata, ou seja, o meio não
influencia.
Agora
lanço a pergunta no ar: Se nós nascemos com uma gramática interna e não
precisamos conviver em sociedade para falar, como seria se uma criança
crescesse junto com os animais?
Algo
interessante para se pensar é que houve várias correntes que foram contra o
linguista estadunidense e, um exemplo disto foram os funcionalistas que
afirmavam que o desenvolvimento da linguagem só ocorre com o contato social.
E
você, caro leitor? O que pensa a respeito?
A
história é longa e abrangente, mas interessante refletir como seria a linguagem
se não convivêssemos em sociedade, o que realmente nos influencia a falar, mover,
pensar e desenvolver já que temos uma necessidade interna de fazê-los?
Por Bruna Lopes /
Diário de um Universitário
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